DOMINADORES DO STATUS QUO
José Carlos de Jesus[i]
Há algumas décadas, era comum perceber que pessoas passavam a maior parte da vida laborativa numa única organização. Elas desenvolviam verdadeiros laços de fidelidade com essas organizações que na maioria das vezes proporcionavam crescimento pessoal dentro da entidade. Durante esse período, muito se aprendia, pois o individuo tinha a possibilidade de galgar por vários departamentos, tanto na horizontal, quanto na vertical, organograficamente falando. Contudo, com o passar dos anos, as empresas foram evoluindo ao ponto de terem que se adaptar às situações macroeconômicas de maneira instantânea. Com isso, diversas mudanças ocorrem dentro das organizações rapidamente, e nem todas as pessoas conseguem acompanhar esse processo, resultando numa manutenção de uma cultura antiga, mas num ambiente novo. Deste fato, surgiram os Dominadores do Status Quo.
Nas empresas atuais, o dinamismo é fator preponderante para estabelecer um fator crítico de sucesso. Nessa atmosfera, ser um “camaleão” é o mais indicado, ou seja, ter facilidade de manter um bom ritmo de trabalho independente das adversidades surgidas pelo caminho. Nesse sentido, para as pessoas que desejam fazer carreira dentro de uma entidade organizacional, sair da zona de conforto é o melhor caminho. No entanto, esperar que o tempo faça com que o sucesso o corteje é algo que daqui para frente dificilmente vai ocorrer.
Os dominadores do status quo podem ser indivíduos muito úteis em determinadas ocasiões. Porém, essa utilidade só é benéfica para a empresa e extremamente prejudicial ao dominador. Quer dizer, alguém tem que fazer aquele trabalho rotineiro e nada mais, contudo, nas suas tarefas diárias, tudo é desenvolvido com muita maestria. Vale lembrar que não há problema algum em desempenhar qualquer atividade que seja numa organização, mas a realidade é que a execução tem que ser diferente, deve haver um algo a mais, um plus. O dominador do status quo tem que aceitar que outras pessoas vão agir diferente dele e seguirão adiante. O que não pode acontecer é manter a zona de conforto e querer ir além sem o mínimo esforço.
Outro fato relevante é que o dominador do status quo às vezes tenta discutir sobre algum assunto que está em pauta no momento, mas como ele não tem base suficiente para debater com outrem, pois com suas atitudes ele assume sua posição de confortabilidade e não faz questão pela busca de conhecimento. Portanto, reflita para onde você quer chegar, pois se você está sendo um dominador do status quo, não queira que o tempo o corteje como um servo ao volto do seu rei e não subestime aquele que faz diferente.
[i] José Carlos de Jesus, 28 anos, (23/05/2013), Bacharel em Ciências Contábeis, Analista Contábil, Membro do Grupo de Estudos Científicos da Faculdade da Serra Gaúcha (FSG), email Jose.jesus@tondo.com.br